Dia 7 - Entrada no desconhecido...
Com Varsovia pelo retrovisor e apos um retemperador cha na delegacao do ICEP na capital polaca (obrigado pelas bolachinhas, muito boas...), arrancamos para nova etapa. Até chegarmos a este ponto da viagem, ouvimos todo o tipo de histórias sobre a Bielorússia. País atrasado, povo a desconfiar, cenários desoladores, autoridades severas, enfim, um rol de factores negativos que tiveram o condão de nos deixar um pouco desconfiados quanto à execução de nosso último objectivo, chegar a Moscovo.
Tudo o que nos fora contado, pudemos comprová-lo, não tinha fundamento e foi semqualquer tipo de problema que entramos no país e nos temos relacionados com os habitantes até este momento. A passagem na fronteira não foi complicada, antes morosa. Munidos dos nossos passaportes e de uma dose “extra” de à vontade português, passamos ao lado de uma fila enorme para entregarmos os documentos a um elemento da fronteira. Pouco mais de um minuto depois, estavamos do outro lado... ou quase, pois ainda faltava a aquisição de outros documentos e a verificação do automóvel!
Assim, 2h30 depois (!), com muitas idas e voltas para carimbar este e aquele documento – o Mini não estava registado na fronteira e a minha fotografia do passaporte valeu-me a desconfiança do oficial, que abanava a cabeça em sinal de negação quando olhava para a foto e depois para mim... -, e graças a quatro palavras de inglês de um dos oficiais e a um formulário cuja tradução das instruções em inglês serviu de intérprete (!), foi com um sorriso que vimos a placa a dizer-nos que estavamos, de facto, na Bielorússia. NÓS, DE MINI, NA BIELORÚSSIA!! Mal podia acreditar... Prosseguimos viagem, chegamos a Brest, cidade junto à fronteira e aí fomos parados pela Polícia, para verificação de documentos, mais precisamente da carta de condução, já que é necessário a carta de condução internacional, documento que tínhamos. Um pouco mais à frente, a placa “Moscovo, 1056” dizia-nos que o nosso objectivo estava a apenas dois dias de distância...
E foi com muito orgulho, devido à aposta dos patrocinadores, ao apoio da Comunicação Social que nos acompanha e ao fantástico espírito das pessoas, perdão, dos amigos que visitam este blogue para nos apoiar, que entramos na AE que nos levaria até Minsk (ou Mihck) durante perto de 400 quilómetros feitos praticamente em recta e com a portagem a “pesar” nas nossas bolsas: 2 euros à entrada e 1 dólar à saída. Para 400km! Tal qual em Portugal...
Eram 22h20 quando chegámos ao nosso hotel, o imponente Belarus, prédio de 21 andares, que já perdeu o seu prestígio com o passar dos anos mas mantém uma posição incrível junto ao rio. Ficamos no 17º andar e o Mini, estacionado no parking exterior, mais parece um daqueles “dinky toys” de brincar visto da nossa janela. Depois do jantar no restaurante panorâmico, no 21º andar, um merecido descanso e a sensação em como esta aventura está no bom caminho...
Dois pormenores interessantes: à nossa chegada, demos de caras com a selecção nacional de futebol do Irão. Tudo bem, não os tivessemos eliminado no recente Mundial da Alemanha e o logotipo do Instituto de Turismo de Portugal não denunciasse a nossa origem! Ao jantar, sabem quanto pagamos por uma entrada de queijos, dois pratos da ementa, duas colas e uma sobremesa? 55.380. Acreditam?! Só depois, já mais calmos, é que fizemos as contas e percebemos que não chegava aos 22 euros. Ufa...
Amanhã, sexta-feira, nova passagem da fronteira e entrada na Rússia. Já falta pouco...
PS: Deixem mensagens! Digam-nos o que se passa por ai e o que acham desta aventura.
3 Comments:
Isso não é um Mini, é um Ferrari disfarçado de Mini. :D
Continuação de boa viagem e boas aventuras, para os relatos
Esta é para deixar ma mensagem de uma correspondente minha de Chelyabinsk (Mts Urais - Russia): "you are brave guys!"
E eu concordo com ela.
Boa sorte para a chegada à meta :)
A meta está à vista, boa sorte nesta recta final!
Nunca é demais dar-vos os parabéns nesta iniciativa!
Mesmo 47 anos depois do seu lançamento, o Mini continua a marcar posição e a encantar tudo e todos por onde passa.
Nuno
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