Dia 15 – Campo de Concentração de Auschwitz
O dia de ontem (sexta-feira) foi muito especial para o Paulo e para mim. Tendo decidido permanecer mais um dia na Polónia para conhecer melhor a Cracóvia, a mais bonita região do país – e com visita obrigatória mal tenham algum tempo –, fomos visitar o Campo de Concentração de Auschwitz.
Criado pelos nazis na Polónia, perto da aldeia de Oswiecim e infelizmente conhecido pelas piores razões, o Campo de Concentração de Auschwitz está dividido em três campos (Auschwitz 1, Auschwitz-Birkenau e Auschwitz-Monowitz) e se originalmente foi pensado como campo para prisioneiros, rapidamente a questão da "Solução final" (extermínio dos Judeus) fez com que fosse necessário criar um campo de maiores dimensões. Assim nasce Auschwitz-Birkenau, que as fotos do Paulo ajudam a perceber. 170 hectares (imaginem 170 campos de futebol), 300 barracas e 1,6 milhões de pessoas mortas no total (1,1 milhões em Auschwitz-Birkenau), 232 mil crianças deportadas e apenas 650 sobreviveram, são os números, frios, que definem o local.
Sendo este um tema que me é muito próximo, foi com um arrepio que me deparei com a famosa entrada de Auschwitz 1, onde se pode ler a frase que milhões de pessoas leram nos últimos anos das suas vidas: Arbeit Mach Frei. Entrar no campo, caminhar pelos corredores subterrâneos, ver as variadíssimas exposições sobre a vida no campo, as torturas, enfim, tudo o que significava (sobre)viver em condições muito precárias é algo que deixa marcas. Por isso, aconselho a todos visitar o local para que a memória do que o Homem é capaz de fazer nunca seja esquecida.
A dois quilómetros de distância fica Auschwitz-Birkenau, onde pereceram 1,1 milhões de judeus, gaseados e cremados em massa. Entrando no campo pelo caminho de ferro, são precisos quase cinco minutos para atravessar, a pé, o complexo. Depois, escondidos atrás de árvores, existem mais complexos, mais barracas, mais locais onde continua visível o sofrimento que atingiu quem por ali passou.
Este foi, sem dúvida, um dia muito forte para nós e para o Lisboa/Moscovo powered by Grupótico. Ainda assim, conseguimos arranjar tempo para nos pormos a caminho e entrar na República Checa, onde hoje (sábado) estaremos em Praga para conhecer melhor a cidade. Na ida, o tempo escasseava...
Como nota final, apreciem as fotografias do Paulo Maria em Auschwitz, visitem o site www.interslide.com para verem mais imagens e digam o que sabem sobre este tema, o que sentiram ao ver as fotos. Ontem (sexta-feira), o Lisboa/Moscovo powered by Grupótico parou no tempo...
1 Comments:
Caros amigos,
Não consigo sequer imaginar o que seja estar aí, no epicentro do Holocausto. Só me sugere que deve haver aspectos em nós que se reajustam, pilares que se agitam, fundações que estremecem; acima de tudo, imagino Auschwitz como uma viagem interior.
Num tom mais descontraído, a pergunta:
Par quando a vossa chegada apoteótica a Portugal? E onde exactamente, a Lisboa?
Um dos terceiros passageiros,
Martinho
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